Mapas mentais são multifuncionais, servindo como método de anotação, de consulta e de estruturação de ideias.
Como método de anotação, o propósito é tentar estruturar as principais ideias do texto em tópicos e subtópicos. Não se trata simplesmente de sumarizar o texto, pois é preciso detalhar cada linha de raciocínio com as palavras-chave para visualizar a conexão entre as ideias e possibilitar a compreensão holística do texto.
Se você não tem qualquer familiaridade com mapas mentais, o livro do Tony Buzan pode ajudar. A lógica é organizar o pensamento como se fosse uma “árvore semântica”. O tronco é o princípio fundamental. Esse tronco se ramifica em galhos maiores, que se dividem em galhos menores, até chegar às folhas, às flores e aos frutos. Comece pelo princípio e depois vá estreitando os detalhes
A ideia não é perder muito tempo com o aspecto visual, mas apenas incluir algumas palavras-chave em modo hierarquizado para ter uma ideia mais sistemática do assunto. Eis um modelo básico usando o próprio conceito de mapa mental como baliza:
O mapa acima foi elaborado no Xmind, que recomendo por ser gratuito, fácil de usar e bem prático.
A elaboração de mapas mentais pode funcionar como uma eficiente técnica de aprendizagem, mas sob algumas condições. Em primeiro lugar, o aprendiz deve dominar a técnica e se sentir à vontade com ela, ou seja, deve ser algo natural, simples e espontâneo. Em segundo lugar, o aprendiz deve dominar a habilidade de associar ideias e processar as informações ativamente, a fim de extrair as ideias-chave do conteúdo consumido e criar as conexões de forma hierarquizada. Em terceiro lugar, a técnica se torna mais eficiente na medida em que a familiaridade aumenta, de modo que as primeiras tentativas provavelmente não farão diferença em termos de impacto cognitivo. Sobre isso: Mind Mapping: Making connections with images and color, de Paige Vitulli e Rebecca Giles (2016).
Mas atente bem: o que funciona não é ler o mapa mental, mas ELABORAR o mapa mental. É o processamento ativo da informação que faz com que o mapa mental se torne tão eficaz enquanto método de aprendizagem.
Se quiser aprofundar, recomendo o livro “Mapas Mentais”, de Tony Buzan.